Estudo identificou que espécies de tamanhos distintos apresentaram variações no aprendizado e memorização de rotas
Por Teresa Raquel Bastos
Durante seu dia de trabalho, as abelhas visitam milhares de flores ao redor das colmeias para coletar matéria-prima para produzir mel. A fim de otimizar o trabalho em campo, algumas espécies maiores memorizam o caminho de volta para as que têm mais néctar. É o que afirmam os pesquisadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, em artigo científico publicado no site Currency Biology.
Na pesquisa, a equipe descobriu que quanto maior era a abelha, maior era a capacidade de aprendizagem do roteiro, variando de acordo com a riqueza da solução à base de açúcar utilizada em laboratório para os testes. Já as espécies menores não apresentaram diferença no esforço para aprender a localização das flores artificiais, independentemente das variadas concentrações de açúcar ofertadas.
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“Pode não ser amplamente conhecido que os insetos polinizadores aprendem e desenvolvem preferências individuais de flores, mas a verdade é que as abelhas são seletivas”, afirmou Natalie Hempel de Ibarra, professora associada no Centro de Investigação Comportamental Animal de Exeter e co-autora do estudo, citada em comunicado.
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“As diferenças que encontramos refletem os diferentes papéis das abelhas nas suas colônias. As abelhas maiores podem carregar cargas maiores e explorar áreas mais longe do ninho. As pequenas (espécies) não podem se dar ao luxo de ser tão seletivos e, por isso, aceitam uma maior variedade de flores. Estas pequenas abelhas tendem a envolver-se mais em tarefas no interior do ninho – só saem para procurar alimentos se o suprimento de comida na colônia estiver acabando”, finaliza Hempel de Ibarra.
Você pode ler mais sobre o estudo clicando nesse link (em inglês).
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